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abril 2023

A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO ATÉ OS SEIS MESES DE VIDA DO BEBÊ

By Gestão de Saúde, saúde da mulher No Comments

A amamentação é um fenômeno fisiológico que ocorre no corpo da mulher e promove alimento para o bebê, além de auxiliar e fortalecer seu sistema imune, provendo saúde, proteção e crescimento. Além disso, o ato de amamentar fortalece o laço entre o binômio mãe-filho sendo fundamental para criação e manutenção do vínculo afetivo durante este processo pós-gestação. 

Foto: Banco de Imagens do site do Governo Federal, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanitaria/2020/08/ministerio-da-saude-lanca-campanha-de-incentivo-a-amamentacao

 Apesar de ser um fenômeno extremamente importante e necessário para o crescimento do bebê, o aleitamento materno é costumeiramente substituído pelo aleitamento artificial, já que muitas vezes as mães deixam de amamentar por não saberem fazer da forma correta e por não terem sido instruídas. Cabe dizer que a disseminação de informação acerca deste assunto é papel fundamental dos profissionais de saúde para que mães possam amamentar de maneira correta, promovendo saúde aos seus filhos.

O leite materno é uma fonte rica de anticorpos, proteínas e nutrientes que garantem a formação da imunidade do bebê, a nutrição e a proteção gastrointestinal, prevenindo doenças e ajudando o bebê nos pontos de vista fisiológico, imunológico e psicológico. Ele é indicado de maneira exclusiva até os seis meses de idade, já que sua composição é completamente rica em todas as necessidades do bebê, sem precisar de alimentação complementar. O ideal é que a alimentação complementar seja introduzida após os 6 meses de idade de maneira gradual. 

Ademais, o aleitamento materno também promove benefícios à mãe, como prevenção de câncer de mama e outras doenças, além de reduzir as chances de depressão pós-parto e é economicamente mais barato que o aleitamento artificial.

Entretanto, é necessário salientar que o ato de amamentar não é uma tarefa fácil, e requer muito cuidado e tempo para que seja realizado da maneira correta. Por isso, é imprescindível que os profissionais de saúde estejam aptos e que possuam o conhecimento necessário para ajudar às mães durante a fase de pré-natal. Profissionais capacitados podem ser o ponto chave para o sucesso da amamentação para que as mães consigam amamentar seus filhos da forma correta e mais indicada quando eles nascerem.  A equipe de saúde pode ser solicitada pela mãe mesmo após a gestação, para consultorias e acompanhamento do processo de amamentação.

E por fim, o ato de amamentar promove afeto, cuidado, proteção e carinho para ambas as partes, e não deve ser descartado ou substituído por outros métodos quando possível, pois é um evento necessário para a promoção de saúde do bebê. 

 

Escrito por: Piethra Cutrale Dall’Oppio – Discente de Enfermagem da UFV e membro da equipe de pesquisadores da MedYes. 

Revisado por: Flávia Batista Barbosa de Sá Diaz – Doutora em Ciências da Saúde e Docente da UFV

 

REFERÊNCIAS:

BEZUTTI, Sandra; GIUSTINA, A. A importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. 2017.

COSTA, Luhana Karoliny Oliveira et al. Importância do aleitamento materno exclusivo: uma revisão sistemática da literatura. 2013.

PEREIRA, Maria Adriana; NADER, PJH. Aleitamento materno. Importância da Correcção da Pega no Sucesso da Amamentação-Resultados de um Estudo Experimental. Loures: Lusodidacta, 2006.

A DEPRESSÃO VISTA COMO “MAL DO SÉCULO” APÓS A PANDÊMIA DE COVID-19

By Notícias, Saúde mental One Comment

José Saramago, escritor português, em sua obra “O ensaio sobre a cegueira”, deixa os cidadãos de uma cidade cegos. De forma idêntica à ficção do autor, metaforicamente, a população brasileira se encontra cega, em sua maioria, diante do crescimento demasiado da depressão no país, em particular durante e após a pandemia do Covid-19. Um estudo realizado com estudantes evidenciou que no período pandêmico os mesmos apresentaram níveis significativamente mais elevados de depressão, ansiedade e estresse comparativamente aos que integraram o estudo no período não pandêmico (MAIA, B.; DIAS, P. 2020). Esses resultados vão ao encontro de outros estudos internacionais que analisaram o efeito psicológico da COVID-19 e de outras pandemias (Wang et al., 2020; Weiss & Murdoch, 2020).

Em uma primeira instância, é válido destacar que a depressão é uma doença psiquiátrica que afeta o emocional, físico e psicológico, e tem como sintomas recorrentes a ansiedade, desânimo, irritabilidade, apatia, fadiga entre outros. A doença se tornou mais proeminente no ano de 2020, no qual a pandemia do coronavírus se instalou muito em consequência do isolamento social. Com as relações interpessoais restringidas, o contato físico escasso e o mundo externo restrito, criou-se o cenário perfeito para o aumento dos casos de depressão e ansiedade entre as pessoas. 

É nítido o impacto não somente social e econômico, mas também emocional e psicológico da pandemia, visto que o ser humano tende a necessitar do contato físico para manter interações e relações saudáveis entre si.

Destaca-se que a depressão age de forma lenta, uma vez que, os sinais como ansiedade, insônia, cansaço excessivo começam a aparecer com certa frequência e de maneira constante até que o indivíduo desenvolva para um estado depressivo. Nesse contexto, é válido pontuar que o sistema nervoso é responsável por receber e decifrar informações de todas as partes do nosso corpo, por outro lado, no quadro depressivo essa comunicação fica prejudicada, já que o cérebro sofre várias alterações químicas que prejudicam esse processo e desencadeiam sentimentos pessimistas e negativos. 

O tratamento da doença que em casos mais severos consistem em usos de antidepressivos (fluoxetina, sertralina, clomipramina etc) que funcionam como inibidores da recaptura de monoaminas, responsáveis por atuarem no corpo como neurotransmissores de hormônios causadores da felicidade, bem-estar, prazer etc, como a noradrenalina, serotonina e dopamina. Ademais, atividades ao ar livre, e/ou em conjunto com outras pessoas, além de meditação, também podem ajudar a reduzir a ansiedade e, por conseguinte, a depressão. Também, o acompanhamento psicológico é de extrema importância e fundamental para a intervenção da doença, uma vez que a conversa terapêutica com o profissional auxilia na redução dos sintomas e por fim, na cura da doença.

Escrito por Anna Beatriz Ferreira Ramos (Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa)

Revisado por Flávia Batista Barbosa de Sá Diaz, Prof. DEM/UFV

 

REFERÊNCIAS:

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942006000300012

https://www.scielo.br/j/estpsi/a/k9KTBz398jqfvDLby3QjTHJ/?lang=pt#:~:text=Os%20estudantes%20que%20integraram%20o,negativo%20da%20pandemia%20nos%20estudantes

https://www.danonenutricia.com.br/adultos/saude/depressao–processos-quimicos-cerebro