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Por Trás das Medalhas: A Saúde dos Atletas de Alto Nível

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As Olimpíadas de Paris 2024 já se tornaram um evento memorável para os brasileiros, com os atletas do país deixando sua marca com performances excepcionais. No judô, Larissa Pimenta conquistou a medalha de bronze, demonstrando grande técnica e determinação. Willian Lima brilhou ao assegurar a medalha de prata, confirmando a tradição do Brasil como uma potência no judô. No skate, a jovem Rayssa Leal, conhecida carinhosamente como a “Fadinha do Skate”, conquistou a medalha de bronze na modalidade street. Na ginástica artística, o Brasil também fez bonito e trouxe a primeira medalha de bronze da competição por equipes, contando com a participação de Rebeca Andrade, uma das atletas mais talentosas da atualidade, junto com Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira, Júlia Soares e Jade Barbosa (Zalcman, 2024).

O que todos esses atletas têm em comum, além do alto rendimento nas Olimpíadas de Paris 2024? Com exceção da jovem Júlia Soares, todos possuem um histórico de lesões e cirurgias em diferentes momentos de suas carreiras. As Olimpíadas de Paris 2024 não apenas destacaram as conquistas dos atletas brasileiros, mas também evidenciaram um lado pouco falado dos esportes de alto rendimento.

Larissa Pimenta passou quatro meses afastada do dojô se recuperando de uma lesão ligamentar no joelho direito, que precisou de intervenção cirúrgica (ECP, 2023). Willian Lima já tem um compromisso programado após o retorno ao Brasil: uma cirurgia no ombro esquerdo para tratar uma ruptura de tendão (Guerra,  2024). Rayssa Leal, de apenas 16 anos, já superou lesões no punho direito para garantir todas as medalhas que já conquistou (ESPN, 2023).

Na ginástica artística, os desafios não foram menores. Rebeca Andrade, com apenas 24 anos, já passou por três cirurgias no joelho (Gozzer, 2019). Flávia Saraiva possui um histórico de lesões ligamentares no tornozelo e uma lesão do tendão tibial, ambas tratadas cirurgicamente (Vieira, 2022). Lorrane Oliveira já passou por duas cirurgias, uma em cada ombro, após deslocamentos severos (Guerra, 2018). Já Jade Barbosa sofreu uma torção no joelho esquerdo durante um treinamento, resultando em uma lesão do menisco medial, além de ter passado por uma cirurgia no joelho direito após uma lesão no Mundial de Stuttgart em 2019 (GE, 2021).

O estudo de Viana e Mezzaroba (2013) avaliou a saúde dos atletas de alto rendimento da seleção brasileira de ginástica rítmica, revelando uma realidade contraditória onde a prática esportiva intensiva, embora associada à saúde física, resulta frequentemente em lesões e problemas de saúde. Os atletas participantes demonstraram naturalização de lesões e dores, considerando-se saudáveis apesar delas. Além das demandas físicas, enfrentam pressões psicológicas e sociais intensas de técnicos, torcedores e mídia, que aumentam o estresse e afetam a saúde mental destes. Ademais, o estudo conclui que o esporte de alto rendimento pode ser prejudicial à saúde, destacando que esta informação não tem a finalidade de abolir a prática do esporte de rendimento, mas sim informar os atletas e treinadores acerca da necessidade de uma abordagem mais holística à saúde esportiva.

De acordo com o estudo “Saúde e Transtorno Mental no Atleta de Alto Rendimento: Mapeamento dos Artigos Científicos Internacionais”, os transtornos mentais mais comumente identificados entre os atletas de alto rendimento são ansiedade, depressão, distúrbios do sono e uso de álcool. Os atletas apresentam taxas de transtornos mentais similares ou superiores aos da população geral ou seja esporte de alto rendimento pode gerar estresse significativo devido a fatores como lesões, burnout, pressão para alcançar resultados, entre outros. Além disso, destacam que apesar da relevância do tema há uma escassez de estudos no contexto brasileiro, indicando a necessidade de mais pesquisas nacionais sobre os esportes de alto rendimento (Colagrai et al.,  2022).

Conclui-se portanto, que por trás das conquistas olímpicas existem esforços e consequências muitas vezes ignoradas, o atleta de alto rendimento necessita de um olhar mais amplo sobre sua saúde que leve em consideração o aspecto biológico, espiritual, e psicossocial. É essencial portanto que mais pesquisas sejam desenvolvidas nessa área a fim de tornar possível a formulação de políticas e programas que atendam às necessidades específicas dessa categoria que tanto orgulha o Brasil nas mais diversas competições mundiais. 

 

Texto escrito por: Laís Ferreira Felício, discente do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa, Pesquisadora da equipe MedYes/UFV. 

Texto revisado por: Dra. Flávia Batista Barbosa de Sá Diaz, docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa, Orientadora dos Pesquisadores da equipe MedYes/UFV.

 

Referências

COLAGRAI, A. C.; BARREIRA, J.; NASCIMENTO, F. T.; FERNANDES, P. T. Saúde e transtorno mental no atleta de alto rendimento: mapeamento dos artigos científicos internacionais. Movimento, [S. l.], v. 28, p. e28008, 2022. DOI: 10.22456/1982-8918.118845. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/118845. Acesso em: 1 ago. 2024.

ESPORTE CLUBE PINHEIROS. Com Larissa Pimenta de volta, Pinheiros garante quatro judocas para o World Masters de Judô. Blog do Esporte Clube Pinheiros, 03 ago. 2023. Disponível em: https://www.ecp.org.br/com-larissa-pimenta-de-volta-pinheiros-garante-quatro-judocas-para-o-world-masters-de-judo/. Acesso em: 01 ago. 2024.

ESPN. Rayssa Leal é campeã do mundo de skate mesmo com lesão no punho. 05 fev. 2023. Disponível em: https://www.espn.com.br/olimpiadas/artigo/_/id/11578437/rayssa-leal-campea-do-mundo-skate-lesao-punho. Acesso em: 01 ago. 2024.

  1. Jade Barbosa sofre nova lesão e está fora das Olimpíadas. ge. Rio de Janeiro, 04 jun. 2021. Disponível em: https://ge.globo.com/olimpiadas/noticia/jade-barbosa-sofre-nova-lesao-e-esta-fora-das-olimpiadas-diz-jornal.ghtml. Acesso em: 01 ago. 2024.

GOZZER, Thierry. Terceira cirurgia no joelho aos 20 anos não tira sorriso de Rebeca Andrade: “Vou enfrentar”: Melhor ginasta do país terá que reconstruir o ligamento cruzado do joelho direito mais uma vez; resiliente, ele usou a palavra sorte ao citar o momento da lesão e prazo que permite Tóquio 2020. Rio de Janeiro, 10 jun. 2019. Disponível em: https://ge.globo.com/ginastica-artistica/noticia/terceira-cirurgia-no-joelho-aos-20-anos-nao-tira-sorriso-de-rebeca-andrade-vou-enfrentar.ghtml. Acesso em: 01 ago. 2024.

GUERRA, Marcos. Lorrane Oliveira supera fase de dúvidas e lesões para sorrir de novo no Mundial de Doha: Finalista em 2015, ginasta resgata prazer na ginástica após realizar sonho olímpico na Rio 2016: “Não queria mais dor, mas vi que era uma vida chata”. Doha, Catar, 24 out. 2018. Disponível em: https://ge.globo.com/ginastica-artistica/noticia/lorrane-oliveira-supera-fase-de-duvidas-e-lesoes-para-sorrir-de-novo-no-mundial-de-doha.ghtml. Acesso em: 01 ago. 2024.

GUERRA, Marcos. Willian Lima revela que conquistou prata nas Olimpíadas com ombro lesionado e programa cirurgia: Primeiro medalhista do Brasil nas Olimpíadas de Paris competiu com ruptura de tendão no ombro. Paris, 28 jul. 2024. Disponível em: https://ge.globo.com/olimpiadas/noticia/2024/07/28/willian-lima-revela-que-foi-ao-podio-com-ombro-lesionado-e-programa-cirurgia.ghtml. Acesso em: 01 ago. 2024.

VIANA, Danielle Freire Wiltshire; MEZZAROBA, Cristiano. O esporte de alto rendimento faz mal à saúde? Uma análise das atletas da seleção brasileira de ginástica rítmica. Motrivivência, Florianópolis, ano XXV, n. 41, p. 190-205, dez. 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2013v25n41p190. Acesso em: 1 ago. 2024. 

VIEIRA, Sheila. Ginasta Flávia Saraiva passa por cirurgia no tornozelo após Mundial: Brasileira, que se lesionou durante a classificatória, sofreu uma intervenção no tornozelo direito. Ela agora busca se recuperar a tempo do Mundial de 2023, crucial para a classificação da equipe brasileira para Paris 2024. 13 nov. 2022. Disponível em: https://olympics.com/pt/noticias/ginasta-flavia-saraiva-passa-por-cirurgia-no-tornozelo-apos-mundial. Acesso em: 01 ago. 2024.

ZALCMAN, Fernanda Lucki. Jogos Olímpicos Paris 2024: confira todas as medalhas do Brasil. 01 de agosto de 2024. Disponível em: https://olympics.com/pt/noticias/jogos-olimpicos-paris-2024-todas-medalhas-brasil. Acesso em: 01 ago. 2024.

 

Câncer de Mama: É possível prevenir?

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O câncer de mama, embora também ocorra no sexo masculino, é mais prevalente na população feminina. Segundo o Instituto Nacional do Câncer para o triênio de 2023 a 2025, estima-se 73.610 casos de câncer de mama, sendo o mais incidente no país depois do câncer de pele não melanoma. Tendo em vista essa alta prevalência é importante pensar na seguinte questão: é possível prevenir o câncer de mama?

Estudos referem a possibilidade de prevenção de alguns tipos dos cânceres, pois cerca de 80 a 90% destes estão associados a hábitos de vida e outros fatores modificáveis (TAPETY et al., 2013). Na área da saúde, é comum a realização de estudos para identificar fatores de risco, distinguindo entre aqueles que podem ser modificados e aqueles que não podem.

Com relação ao câncer de mama diversos estudos já foram realizados neste sentido, sendo encontrados como principais fatores de risco não modificáveis se do sexo feminino, a idade, menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade ou paridade tardia, história familiar e alteração dos genes BRCA1 e BRCA2 (DIAS; FLOTÉ; VALEJO, 2021).

Por outro lado como fatores modificáveis temos:

  • Consumo de álcool: o consumo excessivo de álcool está associado a um maior risco de câncer de mama, uma vez que o uso regular de álcool acima de 60 gramas por dia, gera como produto metabólico o acetaldeído que é carcinogênico, mutagênico, estimulador da produção de estrogênio e imunodepressor (SILVA; RIUL, 2012).
  • Obesidade: Estar acima do peso ou obeso aumenta o risco de câncer de mama de 1,5 a 3,5 vezes, principalmente após a menopausa, tendo em vista que o tecido adiposo secreta proteínas pró-carcinogênicas (NOGUEIRA et al., 2020).
  • Sedentarismo: A falta de atividade física regular está relacionada ao risco aumentado de câncer de mama. Estudos mostram que mulheres que praticam atividade física têm o risco para o câncer de mama reduzido de 20% a 40% (MUNHOZ et al., 2016).
  • Dieta inadequada: Uma dieta rica em alimentos ultra processados, gorduras saturadas e pobre em frutas, vegetais e fibras pode aumentar o risco para o câncer de mama. Principalmente alimentos ultraprocessados como como por exemplo, salsicha e outros que em sua composição apresenta óleos, gorduras, proteínas, amido modificado, aromatizantes e realçadores de sabores, vários aditivos usados durante a preparação, podem levar a mutações no material genético, ou seja, tornarem-se carcinogênicos (JESUS; FERREIRA; SILVA; 2022).
  • Uso de anticoncepcionais orais e terapias de reposição hormonal: Esses medicamentos podem ter associação com um maior risco principalmente para aqueles que associam estrogênio + progesterona, e seu uso deve ser discutido com um profissional de saúde e demanda mais pesquisas envolvendo seus efeitos carcinogênicos (WEBER et al., 2022).

Portanto, cabe ressaltar a importância de atuar sobre estes fatores modificáveis mantendo uma alimentação saudável com consumo de vegetais, legumes e frutas, realizando atividade física regularmente, reduzindo o consumo de álcool e ultra processados, realizando prevenção ou tratamento da obesidade e por fim garantindo o acompanhamento médico em casos de  uso de terapias hormonais.

 

 

Escrito por: Laís Ferreira Felício – Discente do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa e integrante da equipe de pesquisadores da MEDYES;

Revisado por: Flávia Barbosa Batista de Sá Diaz – Docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa e orientadora da equipe de pesquisadores da MEDYES.

 

REFERÊNCIAS:

NOGUEIRA, TR; ARAÚJO, CGB de; CALDAS, RDC; MACIEL, EM e; SILVA, M. da CM; RODRIGUES, GP Obesidade e Cancro da Mama: Algumas evidências científicas e formas de interação. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, [S. l.] , v. 4, pág. e84942675, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i4.2675. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2675. Acesso em: 5 out. 2023.

 

DIAS, Caroline Ribeiro; FLOTÉ, Laryssa Marina; VALEJO, Fernando Antonio Mourão. OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE NEOPLASIA MALIGNA DE MAMA: revisão integrativa. Colloquium Vitae, [S.L.], v. 13, n. 3, p. 49-61, 27 jun. 2022. Associação Prudentina de Educação e Cultura (APEC). http://dx.doi.org/10.5747/cv.2021.v13.n3.v341.

 

WEBER, Julia Balthazar et al. Relação da Terapia de Reposição Hormonal com a incidência e mortalidade no Câncer de Mama: uma revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Médico, [S.L.], v. 14, p. 1-9, 19 ago. 2022. Revista Eletrônica Acervo Saúde. http://dx.doi.org/10.25248/reamed.e10766.2022.

 

TAPETY, Fabrício Ibiapina et al. Risk factors associated with breast cancer patients in Teresina, Piauí, Brazil. Journal of Research Fundamental Care On Line, Piauí, p. 91-103, 1 dez. 2013. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/5057/505750944011.pdf. Acesso em: 4 out. 2023.

MUNHOZ, Mariane Pravato et al. Efeito do exercício físico e da nutrição na prevenção do câncer. Revista Odontológica de Araçatuba, v. 2, pág. 09-16, Maio/Agosto, 2016. Disponível em: https://revaracatuba.odo.br/revista/2016/08/trabalho5.pdf . Acesso em: 5 out. 2023.

 

JESUS, Ana Caroline Silva de; FERREIRA, Karla Daniela; SILVA, Cleber Sipoli da. A influência dos fatores de risco nutricional no desenvolvimento do câncer de mama. Rev Liberum Accessum, v. 2, pág. 137-145, jun. 2022. Disponível em: file:///C:/Users/laisf/Downloads/171-668-1-PB.pdf . Acesso em: 5 out. 2023.

 

SILVA, Pamella Araújo da; RIUL, Sueli da Silva. Câncer de mama: fatores de risco e detecção precoce. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 6, pág. 1016-1021, nov-dez 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/TMQQbvwZ75LPkQy6KyRLLHx/?format=pdf&lang=pt . Acesso em: 5 out. 2023.

 

Os desafios do envelhecimento feminino

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As mulheres idosas enfrentam uma série de desafios que impactam diretamente em sua qualidade de vida e bem-estar. Segundo dados do IBGE sobre a projeção populacional do Brasil por sexo e idade, em 2023 o país contará com uma população feminina de 18.3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que corresponde a cerca de 55,54 % do total de idosos no país. Se por um lado temos o aumento da expectativa de vida das mulheres, por outro temos grandes desafios relacionados à saúde, à violência, à pobreza e à exclusão social.

Um dos principais embates vivenciados pelas mulheres idosas é a discriminação, que vem em dose dupla, pela idade e gênero, muitas vezes tornando-as invisíveis para a sociedade. Segundo a OMS (2015), as pessoas idosas são frequentemente vistas como um grupo homogêneo, sem reconhecimento de suas diferentes necessidades e realidades, sendo vítimas da chamada discriminação etária. Além disso, no caso das mulheres essa discriminação é somada a desigualdade de gênero levando à dificuldade de acesso a serviços públicos e privados, como saúde, educação e trabalho, bem como à falta de representação política.

Imagem de ação realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos. Foto: Sandro Barros / PMO- Imagem Licenciada.

 

Além disso, vale destacar aqui outro grande problema para mulher idosa que é violência, que pode ser psicológica, física, verbal, financeira e/ou negligências. O ambiente familiar é o principal palco destes episódios, que muitas vezes são realizados pelos filhos, cônjuges, netos e/ou cuidadores. A violência desencadeia vários problemas nestas mulheres gerando tristeza, raiva, medo, tendo efeito negativo em sua saúde (MORILLA; MANSO, 2021).

Outro desafio enfrentado pelos idosos é a pobreza. Segundo a OMS (2015), as mulheres idosas são mais propensas do que os homens a viver em situação de pobreza, devido a uma série de fatores, como menor participação na força de trabalho remunerada e salários mais baixos.

A falta de autonomia e independência é mais um desafio que afeta as mulheres idosas, a diminuição da mobilidade, a perda da visão e da audição e outras limitações físicas que podem surgir dificultam a realização de atividades diárias básicas, como cuidar de si mesmas e de suas casas. Isso pode levar a sentimentos de frustração, dependência e desesperança, já que estudos evidenciam nos relatos de mulheres idosas o desejo pela manutenção dessa autonomia, seja nos afazeres domésticos ou em outras atividades (Merighi et al., 2012)

Assim sendo, as mulheres idosas enfrentam uma série de desafios que têm impacto direto no seu bem estar físico, social e psicoespiritual exigindo uma abordagem profissional multidisciplinar e integrada para serem superados. É necessário que os profissionais, a família e a comunidade reconheçam as diferenças e necessidades específicas das mulheres idosas, proporcionando-lhes acesso a serviços e recursos que lhes permitam envelhecer com dignidade e respeito.

Escrito por: Laís Ferreira Felício – Discente de Enfermagem da UFV e membro da equipe de pesquisadores da MedYes.

Revisado por: Flávia Batista Barbosa de Sá Diaz – Doutora em Ciências da Saúde e Docente da UFV

 

REFERÊNCIAS:

IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica.

Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000-2060.

MERIGHI, Miriam Aparecida Barbosa et al. Mulheres idosas: desvelando suas vivências e necessidades de cuidado. Rev Esc Enferm USP, [S. l.], p. 408-414, 30 jul. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/kjk9CmvcHVjVkRpDHp6bNjt/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 18 mar. 2023.

MORILLA, J. L.; MANSO, M. E. G. A violência contra a mulher idosa no Brasil e os fatores relacionados ao tema: uma revisão integrativa. VITTALLE – Revista de Ciências da Saúde, [S. l.], v. 33, n. 2, p. 66–82, 2021. DOI: 10.14295/vittalle.v33i2.12328. Disponível em: https://periodicos.furg.br/vittalle/article/view/12328. Acesso em: 20 mar. 2023.

OMS. Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde. Genebra: OMS, 2015.